Quanta dor, sente a gente
Que é auto-dor, patente?
Quanto dá dor, na gente
Vem de fora, externa-mente?
Quanto de com-doer você
Sustenta, estoicamente?
Quando de pesar nos cabe
Por si mesma, a mente?
Saber-se vivo, com sentido
Ver o tempo correr inexorável
O ferir autômato cotidiano
Imperativo é viver, não resistir
Deixar te ser, um ser imperfeito
Acalentar a si, sem desengano