quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Indagações

 Quanta dor, sente a gente

Que é auto-dor, patente?

Quanto dá dor, na gente 

Vem de fora, externa-mente?


Quanto de com-doer você

Sustenta, estoicamente?

Quando de pesar nos cabe 

Por si mesma, a mente?


Saber-se vivo, com sentido 

Ver o tempo correr inexorável

O ferir autômato cotidiano


Imperativo é viver, não resistir 

Deixar te ser, um ser imperfeito

Acalentar a si, sem desengano 









quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Quando o poeta encontra o amor





Existo, sinto, penso

Faço, movimento, passo

Esbarro, paro, percebo


E há amor, substantivo!

Toda ação, nele contém

Verbo supresso, substantivado


Sujeito ativo e passivo

Poeta é sempre receptivo

Ah! O amor é transitivo!

terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Apresentação/Retorno


Eis que depois de 10 anos, ou "só 10 voltas ao redor do astro rei?" , desviando as órbitas ,oculares, do microcosmos interno e voltando-as ao universo circundante, a escrita me transborda e urge ser retomada. Como sinto, como sou, como respiro: escrever me auxilia a entender o mundo, me entendendo no processo.

O primeiro blog de escrita que criei (Alma ao Microscópio) numa época em que a internet ainda não era ferramenta corriqueira e as conexões humanas predominavam in persona, me auxiliou a manter o hábito da escrita regular e de certo modo canalizar perturbações por meio do processo criativo. Num momento de ápice da conectividade esse processo mais lento e introspectivo me falta e pretendo retomar. Então surge "Uma Alma e um Telescópio".



Saudade

O peito cala e a voz fenece Constrito coração, corcoveia Salgada torrente na pele aquece Dor, dormência até (esque)ser nada Embotamento sent...